segunda-feira, 9 de maio de 2016

Sonhei

você mordia meu pé, vê se isso é coisa que se faça..tanta coisa pra morder em mim, e logo o dedinho mindinho torto que eu machuquei naquela mudança, onde a vida bambeou e quase assassinou a gente. sonhei, sonhei amor. hoje eu sonhei que chovia, a internet do mundo caia, e você me abraçava todo meio verão. o corpo suado recém banhado, aquela sensação cheirosinha de quem saiu do chuveiro e pulou nu na vida.. ai, te amo. mentira. te mordo. você fica sério. vê se pode isso, vê se eu posso isso..vê se eu posso te arranhar um tiquinho, suas costas são tão quentinhas..eu desnuda e protegida. peitinhos de pitomba perfeitamente escondidos, arrepiando tudo que há de mais vivo em você. a pele corando..suas mãos inquietas. sério, todo sério, enquanto beijo tua nuca sorrindo pro que vejo, enquanto tu me encosta. todo bonito. ai, te amo. mentira, hoje não. que hoje eu te mordo o pescoço, e os ombros e meus pés entre os teus. minhas coxas sentido suas pernas, e o meu abraço envolvendo tudo de maior que possa existir. tento te segurar até onde consigo. me entranho em você, cato espaço, cato as veias. toco teus cabelos, encosto meus olhos em tudo que ainda consigo ver. porra, sabe? é que eu te sigo. minhas mãos acarinhando teu corpo, inquietas feitos os meus sonhos, pedem perdão pela pressa. pela afobação do toque apertado.
estou apertando você. vê se isso é coisa que se faça. mas tão bom sentir teu coração batendo...respiro ofegante, e você continua vivo. durmo acordo durmo sonho corro volto, e você tão vivo..você aqui, de costas pra mim...nesse abraço infinito. te viro de frente e seguro teu rosto com força: “é pra ficar, ouviu?” é pra continuar assim..tudo tão calmo no teu coração que bate acarinhado pelo meu desespero. te amo, vai. mas você mordia meu pé, e eu dormia, acordava e corria
 dormia, acordava e morria.
acordo e corro. que não é coisa que se faça. morder pé assim..morrer... morder de machucar é vacilo. mas agora vê se pode isso, vê se pode isso aqui, vê se pode, pode? eu te viro de frente e te empurro na cama, pode? vê se pode, eu subindo em você e podendo tudo que eu quiser fazer. vê se pode? você pode? será que pode ser esse abraço infinito eu te sentindo nu em mim, vê se posso sentir você inteiro metendo no meu corpo enfiando o outro enfiando os outros outros o dna de todo mundo vê se pode minha mão longe do seu coração te encostando te arranhando te apertando te abraçando. te amando. vê se pode ser. que dai eu me viro e te encaro de frente. onde teu pau me roça, e teu peito perde o medo de meter tanto amor em mim. todo, todo bonito. eu te quero inteiro. mordo teu dedinho pra mostrar como doí, daí você lambe meus tornozelos e o teu prazer me enlouquece. dormir, acordar, correr, sonhar. te dou o que for, amor, dor, café com bolo, mas meus pés ninguém tira. 

corri e morri acordada. 

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Intensidade.

A tempestade que vai curando a seca e afogando, afagando. Fudendo o crânio do mundo..É coisa demais. A bunda pra cima na cama, não resta nada, página virada, papo pro ar, e um cansaço, um pecado esse sono... E tantos sonhos seriam flores, seriam tantos doces coloridos e tantos dias bons e dorme dengo, dorme comigo. Só deita e descansa p'reu ter a sensação de afago não malicioso, que de pimenta já tenho as saias. Quis reproduzir tudo, toda música, todo gesto, todos os lírios azuis. Não soube a cor das plantas. As unhas agarrando a grade e o pavor, aquele pavor novidade, aquele pavor de provável fim. Como se comesse um doce gostosinho, manhosinho, todo devagar quase parando, quase guardando pra depois do caminho, levaria o gosto. carambola madura. Sentiria sede. Preguicinha boa. Aquilo carinho de vento e de graça. Agrado mineiro.. maneirinho. diminutivos hostis.. não goste muito, por favor não fique muito tempo, não diga sim com todos esses dentes sorridentes afiados. se negue também, bata porta, hesite. Excite. Minhas aguinhas coloridas brindam lágrimas confusas, por favor de onde você veio, por favor não é possível que já vire texto, que se é palavra expulsa do meu pensamento já rola temor. Só abraço forte e aguinhas de chuveiro caindo, só isso..que dai eu choro na nossa beleza. Construo. É tipo um quebra cabeça de quinhentas páginas, cada pedacinho simboliza alguma pequena conquista. cada mordidinha por vez. Eu pratiquei, li, reli, fiz as provas, sei tudo, falo antes de todo mundo, dou aula. Eu não posso não quero gostar de você, eu não quero porque parece que não vou parar mais, não vou impor limites. Não voa, não dança..Estranha e esmaece. A ficha ridícula que caiu na seta da pergunta certa: é pra te amar? Hoje tive um impulso imaginário onde eu dava um beijo. Não, não era você me mordendo os lábios e eu liberando meu corpo pra que tua linguá entrasse, fui meio cachorra te beijando, meio fogo. E daí o cansaço e o sono e a angustia. Eu gosto de querer você, sem sustos, sem certezas, sem nada. Eu gosto de você de graça mesmo te achando ridículo. Acho ridículo inclusive gostar de você, já gostar. E daí fico sabotando, fico dizendo que gosto da ideia de qualquer um, dai pensei que gosto da ideia do ego, dai decidi que gosto da ideia do nada. E de promover encontros....Mas, lá no fundo é mentira. Eu sei que é raro, e estou morta de medo é de te deter. Porque ainda não te conquistei, só te encontrei perdido e te levei pra casa, como se tudo já fosse há muito, muito tempo.

*2014. um texto sobre um sonho. amor beliscão. 

quarta-feira, 30 de março de 2016

Solo

vai arrasa neeeeeem. ok, crescida. ok. ok. ok. anotei num papelzinho ''agir como adulta'', sempre agir como adulta. é um voo solo, e talvez seja essa a primeira regrinha idiota da vida, quer queira ou não, o caminho é solitário, criança. você só poderá mandar recortes e lembranças pra quem ama, sobre a sua dor. eu e ela trocamos fotografias. talvez se existisse correio elegante, ou se o dinheiro desse pra passagem de avião, a gente sorrisse mais vezes. mas, tudo bem, estamos bem, pois: quando eu achar o que eu quero, ela irá saber. solo. voo solo e do nada estou numa festa e várias pessoas dançando e curtindo e sendo, veja lá: pessoas felizes. Enquanto te vejo e penso 'uau, um homi'. e ajo: uau, perigo. corro, corro demais. vai arrasa nem. é só um gatinho afim de curtir carnaval junto e dormir na mesma cama e ficar velinho e encolido na tua tristeza por mais algum tempo. te amo e foda-se. eu lá vou agora dar pra ter medo de amar? anotei num papelzinho 'quero'. cadu coração, pra salvar o arquivo. fotografei o teu jeitinho que me faz querer tirar a roupa e foi lindo, lyndo. vem ser lindo lyndo. vem arrasar comigo. solos de guitarra não vão?  claro que vão. claro que o teu roberto carlos ao pé do ouvido me ganhou pra sempre, e nem precisei de freud, de sonhos, de bilhetes carinhosos, eu só te amei. EU SÓ TE AMEI. foi simples, lindo, brilhozinho, cheio de fogos e a gente brilhou. meu bem meu bem a gente brilhou, fogos fogos match real fogos, vida de adulta. agir como adulta. tomar banho, depilar as pernas e sentar no teu colo. é um solo, viver. e morrer eu nem sei. ontem mesmo olhei um lago sujo e senti dor de novo, pensei na aflição que foi sofrer por todo mundo, tipo o peso e a culpa por um mar de pessoas, olhei o laguinho e pensei em morrer afogada lá dentro, mas nem dava pé. raso demais pra afogar, menino. nem vale a pena toda essa precipitação de dor, do veneno só quero o sono e a serenidade finita de todo um momento partido. se o amor acabar com a gente, eu boto um pozinho no teu suco com gosto de maracuja. tang. que veneno a gente toma todo santo dia. full time. viver é cancerígeno, mas o tempo cura. o beijo cura. o olho cura. a boca ajuda a juntar a tua tragedia na minha e assim a gente vai: sozinho. viver é um solo. mas amar é uma banda completa. pode rir. eu sei que foi brega essa parte. é que acabei lembrando daquele tapa que você deu na minha bunda pra me agradar, e da cara que você fez. foi linda. era pra eu ter escrito sobre como é estar sozinha. mas do seu lado a solidão é: bo-ni-ta. acordei e fiz uma playlist de pagode, morri de rir. uau, um homi. arrasou universo. que bom que eu confiei. viver é uma música cheia de acordes surpresa. do nada entra outra coisa e muda o ritmo e a gente para tudo o que estava fazendo antes pra arrasar. ok, crescida. ok. ok. que venha. 

sábado, 23 de janeiro de 2016

Goodbye, Norma Jean.

Preciso de um vestido vermelho. ideias confusas. será que eu vou morrer? medo de viver. da podridão, do desespero. 'não amo ninguém, parece incrível'. ele grita, grita canta grita e morre. será que eu? cabecinha de liquidificador, mastigando segredos. a água do mar tava fria, então vesti minhas botas e voltei pra casa. chovia no rio, mas era verão. no ônibus as velinhas conversavam, a ponte rio niterói sustentava o nosso futuro e eu sorria na foto com ele, dando showzinho ao som de rita lee. 'tá tudo bem'. a água caindo segunda, terça, quarta, a lágrima o suor e o desespero. janelas fechadas. preciso de um vestido vermelho, ou melhor, vintage, rodado, quadriculado e justo. acho que adulta, aí sim, vestida como moça meiga fofinha. acorda, dorme, fede, come, sofre. que exaustão. não faz nada o dia todo. não sente o gosto. arruma a casa. acorda e arruma a sala. o quarto, a cozinha. nunca acaba, parece que nunca acaba parece que quando minha mãe não tá aqui tem sempre lixo na varanda e que eu não dou conta de viver jogando fora. avisei antes, confusão. sobrancelha por fazer, remela no olho, pele descascando. era pra ser o verão perfeito. mas, chove no rio. lama, embrulhos, tristezas remoídas. escorregão. caiu feito jaca madura. ''caramba.. cai?'' caiu. caramba, levanta e tudo cinza, os gatos do quintal se aproximam, um banco, curativos. caramba. levanta, banho quente, remédio e o tempo passa e ano a ano a ano esse vai ser o ano em que eu vou mudar minha vida e ano a ano e muda. sorrindo na foto. se olhando no espelho e chorando. casaco vermelho. tão bonito esse rosto, esse olho, esse nariz. que sensação estranha. feder. que sensação estranha chorar e feder por se sentir tão, tão bonita. que sensação estranha a ausência de euforia que há na superação. ta bem, bonita. próxima pauta. o que fazer com tanta, tanta tanta vida, será que eu vou morrer? o barco explode. antes tinha uma ventania e eu me segurava, respirava fundo e a tempestade ia embora. agora explodiu. ela tava lá dentro. ela tava lá dentro. tava? tava. ele ri da minha cara e diz que eu to mudando, gargalho porque agora é possível morrer, morrer de rir. gargalhando de sono, que sono, que cansaço, que sono, que sonho não tem medo do sono, do sonho, da vulnerabilidade, queria até que viesse, que se ele vem eu faço chá e abro as pernas com carinho, meio lindinha e simpática. ela tava lá. ideias confusas. morta. será que eu vou viver? será que? chove no rio e eu não sinto o gosto de bichinho nenhum faz quase 1 mês. mas ontem comi presunto. hoje deitei no chão e tá tudo bem. que esse ano eu vou viver a minha vida que já tá mudada, que eu vou viver e que já é janeiro e chove chove chove, e eu que arrasto o cadarço do coturno na lama, mas não caio mais. e se cair, levanto, tonteio, desmaio que os gatos se aproximam. eu tenho o quintal. e ela lá, queimando no meio do meu sonho, estamos nos despedindo. será que o passado morreu com o meu medo de viver junto com meu medo de matar e me deu esse buraco no tempo meio sem significado tipo uma angustia de ausência de sentimento? um farelo sem gosto. Um vazio. o nome disso é futuro que chama. pro brinde precisaremos de um vestido vermelho. precisamos de um. de alguns. precisamos dos outros. precisamos de todos. o nome que nego dá é: sair da toca. precisaremos de sol. arruma a cozinha a sala o quarto a área arruma a própria cabeça, limpa, vasculha, chora e inverte a própria lógica. que medo que deu de morrer. de sofrer. de sentir dor. medo de cair só tem quem levanta. Medo de cair só tem quem tá de pé. feliz ano novo, moça nova. moça plácida, moça?  
feliz feliz garota, moça? Mulher, talvez... feliz talvez mulher, moça alguém no portão te chamando "-moça ...trate de ir, tá bém".
tratei de ir sim. tratou de ir indo indo indo ano todo ano mudando todo ano confusa todo ano toda-toda caramba..até que todo ano. até que acabou.  

- moço que tecido bonito. !!!  vê um metro pfv
- vai fazer o que menina, vestido, saia, blusa?
- brindar moço
me amostrar,
cantar, dançar, pular,
seilá moço,
só sei que eu vou.
seilá moço,  
viver.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Match

Eu, você e o mistério. Te digo que vou escrever um texto e você sinaliza que sim. Sim, escreve sim, bem reforçando teu riso no fim da frase. ''Não, não fica triste’''. Sim, ei você, você mesmo, você. Fica aqui? Cê nem sabe onde é, mas fica. Fica porque não saber é seguro, quer dizer que, bom, quer dizer que talvez a gente se procure. Teu olho bom de olhar, sumindo sem os óculos. Daqui você me vê? Ei...Olha pra mim, olha agora e grita. Grita pra ver se eu consigo entender tua língua que atravessa meio mundo pra tomar patada do meu ego. Qualquer dia prometo que me abro, e te abraço sorrindo. Assim, de surpresa, sabe? você chegando e eu abrindo os braços como quem diz sim com os gestos tontos. Tortos. Com os gestos todos. Por enquanto só consigo te dar oi forçado, e virar a cara e respirar fundo e pensar. Como quem diz sim com as patas. As garras arranhando. De fato, só consigo pensar, mas me obrigo enquanto você chega, planejo alguma simpatia calculando a saudade que fica, quando você vai embora. Nunca sei o que fazer com teu olhar bonito que vai ficando turvo e perdido do nada, daí só quero que meu coração faça silêncio pra poder beijar tua boca, e insistir em algo bom. Mas, tem todo um momento que não faço ideia de como desligar os alertas. E me vejo tão crua e inteira, que daí tudo bem. Meu corpo descarta qualquer ameaça de morte, e te ama. Tipo esses momentos idiotas onde te olho e começo a rir. Queria tempestade, não queria? ''Bota a mão aqui, olha, olha ..tá sentindo?'' ''Tá batendo tão devagarzinho''. Meu coração. Meu pulso...E eu respirando tão sem nem lembrar que o ar existe. Calma. Pode amar sim. Ninguém vai morrer. Calma. Só que talvez o mundo pare e eu durma. Calma. Talvez o mundo pare no meio do tumulto e eu deite, só porque você faz surgir em mim esse troço cheio de: calma. E é bom dormir. Dormir é a melhor coisa da vida. Dormir com um dos comandantes do cérebro recebendo mensagens bonitinhas dizendo que não, você não mata. Daí até te abraço, e mergulho um tiquinho em você. Mergulho esperto. Geração das mulheres que mergulham de máscara. Morre não, viu? Que amor não destrói. Morrer não. Viver. 
Que os nossos desejos combinam. 

terça-feira, 21 de abril de 2015

Paralisia


Eu quero amar meu corpo com lábia, satisfação.
Sem o ar torto indicando algo de errado..
Sem as portas trancadas.
--


Havia uma mulher em minhas mãos, e não era um sonho. Toda enrolada, e toalha molhada, cabelo pingando. O toque dócil, e o silêncio bonito de quando o mundo se encara e se escuta. Prendia o cabelo no alto, e hidratava os poros ponto a ponto. Cada canto um cheiro, cada traço, um ato. A calma do próprio carinho. O ninho quentinho das mãos permeando a calcinha rendada enfiada na bunda..

Uma mulher entre minhas mãos, e que poder, poder dominá-la. Que o tal do prazer  se intromete pelas bordas arrepiando o pé e abrindo a porta pro público ver a beleza dos pelos, e de tudo que não pôde existir.

 .....Uma mulher em minhas mãos abrindo as coxas e olhando pro teto. De bruços, intervia o ventre, e comia um pedaço de si. Gostosinha. E a calcinha enfiada no cu, já largada e rasgada. Que a bunda sonhava em ser livre.  Os gestos se engoliam, e a vadiagem clamando por força.

Lá vinha ela,

gostando de ser  nua.
gostando de estar...

Lá vinha a paz.

 Gosto mesmo é de sumir a mão pelo tecido e rir das cócegas. 

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Boca miúda


Levanto e tudo torpe. A vida, e minha ausência de saco. Planinhos maravilhosos em miami. Bolsinhas falsificadas pra comprar, cigarrinhos suspeitos e pozinhos mágicos. Justo eu que não fumo, cheirando justamente você. Cheiro de macho. Fico perversa. Não pediu a verdade, meu bem?! Esquece a Dilma, cinco minutos. Deixa o Brasil se virar, vai. Cinco, só cinco. Quinze, rs. Continua preocupado? Tenso? Continua aflito com todas as desigualdades e malícias e torturas, continua exausto de todas essas tentativas utópicas de salvação? Continue. Siga em frente, pense em tudo isso enquanto eu abro seu zíper. Teje avisado, meu lado obscuro é mais corrupto que o passado de qualquer partido, e meu propósito único é: dominar você.
E agora, cale essa mente e tampe essa boca, que vou brincar um pouquinho. É um parque, moço. Mil loucuras e brinquedos, qual cê quer? A gente voa, vem que eu te ensino. Isso mesmo, eu, esses peitinhos sensíveis e esse quadril majestoso. Eu amô, eu mulher. E a minha buceta úmida. O poder da minha língua te oprime? Vem, pode ser divertido gozar de vítima, vem ser frágil, teu machismo dependente da saliva dos meus lábios. Te mordo? Te cravo os dentes e gargalho na tua dor, que chupar o próprio pau tu ainda não consegue. Todo cheio de si, todo peludinho e seguro no mundo, todo cotista ancestral e babaquinha bacanudo. Todo exposto e plenamente vulnerável: mordidas doídas de sangue. Mas, calma...Te chupo, que quem ama, chupa. E amo teu Y. Amo teu cheiro de nojo e tua face áspera. Amo tuas mãos, nossa, como amo tuas mãos...Nossa. Que maldição maldita te olhar nos olhos e gozar só no teu semblante de prazer. Menino, é assim que se existe. Carinho, entende? Fecho os olhos e esqueço tudo isso, esqueço a briga e só te toco com o céu da língua. Teu pau me acalma como se Deus tivesse feito algo pra me completar no mundo. Algo, ouviu? E não alguém... Um pedaço reinventando minha anatomia. Fica aqui comigo tentando concertar isso de me amar, de te amar, isso sobre amor e guerra e luta e enquanto você geme, te beijo a nuca e os olhos. Te beijo a cabeça e levanto. Te beijo os cabelos e levanto. Te beijo o desejo e levanto. E sigo. E sigo meus instintos hormonais e vou embora sem carinho, sem resposta. Caminho lá sem muita consideração, que essa puta que te pariu não merece brincar de espasmos.

Um sorriso de canto,
boqueteira imaginária,
teu prazer sou eu.

Quem te freia o mundo, a fome e o Brasil, amor.

Gozo sozinha.
Eu sou a cura,
e só de capricho tranquei tua paz na minha boca.

Lide.